Funerais

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Lamentação, cortejo fúnebre e navioLamentação, cortejo fúnebre e navio

Em todas as culturas humanas, cuidados com o corpo dos mortos e rituais necessários à sua passagem para o além estão invariavelmente presentes.

Desde o Período Micênico, provavelmente, o corpo do falecido era lavado, arrumado e exposto em velório como em nossos dias, mas não em um caixão. Seguia-se a lamentação, na qual as mulheres da família choravam copiosamente e batiam no peito.

No dia seguinte, o corpo era levado ao local de seu descanso final, usalmente em um cortejo. Durante o Período Micênico, os mortos mais importantes eram enterrados em túmulos abobadados com vários objetos fúnebres e, possivelmente, a família promovia jogos e outros concursos em sua honra, como se vê no livro XXIII da Ilíada e em Hesíodo (Trabalhos e Dias 646-62). Na Idade das Trevas, durante algum tempo, o corpo era cremado e as cinzas eram guardadas em uma grande ânfora, posteriormente colocada na sepultura.

miniaturaA estela de Polixena

Mesmo em enterros mais simples, alguns vasos eram colocados juntamente com o morto; nas sepulturas mais ricas foram encontradas joias e outros objetos. Nas sepulturas de crianças, brinquedos eram relativamente comuns.

Estelas, inscricões (às vezes em versos), esculturas, vasos (usualmente lécitos de fundo branco) e outras coisas marcavam, como na atualidade, as tumbas do Período Arcaico em diante. Lutróforos, em particular, marcavam o túmulo daqueles que morreram antes de se casar.

Após o enterro, também como hoje, os parentes visitavam os túmulos e depositavam flores, alimentos e faziam libações em homenagem aos mortos.

Diversas leis suntuárias foram estabelecidas do Período Arcaico em diante, no sentido de coibir os exageros e a ostentação das famílias mais ricas na parte pública dos rituais fúnebres.