O calcolítico no Egeu

-3500 a -2500
Deusa da fertilidade de ChipreDeusa da fertilidade de Chipre

Entre -3500 e -2500 surgiram no Egeu as primeiras evidências do uso do cobre nativo na confecção de ferramentas e utensílios, notadamente em Chipre (Erimi) e na Grécia Continental (Rachmani, Tessália).

A despeito do uso do metal, a economia e o modo de vida básicos continuaram eminentemente neolíticos e, por isso, muitas vezes esta fase cultural é chamada de Neolítico Final. Note-se que a fase final do Calcolítico ocorreu simultaneamente com o Bronze Antigo, mais ao sul.

Chipre

Em Chipre, variações no tamanho de algumas casas e na riqueza dos túmulos podem indicar o aparecimento de alguma forma de hierarquia social, talvez decorrente do comércio.

As características estatuetas neolíticas se tornaram um pouco menos esquemáticas e até com detalhes faciais; as formas eram um tanto estilizadas, mas as proporções se tornaram mais naturais. A grande quantidade de ídolos femininos encontrados sugerem que cultos e rituais eram importante parte da vida cotidiana nas comunidades calcolíticas.

Grécia continental

Fig. p626. Plano de habitação. Rachmani, Grécia, -3300/-2500.

Rachmani distinguia-se, especialmente, pelas construções de planta apsidal[1] e pela cerâmica com uma espécie de crosta, de cor negra e desenhos geométricos em branco. A Casa Q é a mais bem estudada.

Foram encontrados, também, pequenos ídolos masculinos de pedra, extremamente raros nas culturas neolíticas anteriores. Algumas estatuetas eram acrolíticas, i.e., com cabeça de pedra e corpo de madeira ou argila.