As formas pictóricas

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O rapto de PerséfoneO rapto de Perséfone

A pintura em paredes e painéis era altamente considerada entre os gregos. Nossos conhecimentos, infelizmente, são bastante lacunares, pois apenas alguns poucos exemplos chegaram até nós.

Inferências são possíveis, a partir da pintura em cerâmica e das descrições em textos antigos, notadamente nos de Pausânias (sæc. II) e de Plínio, o Velho (23/79). Mas nada substitui, é claro, a imagem real diante dos olhos...

Aparentemente, a pintura grega teve três momentos notáveis: os grandes afrescos[1] do Período Micênico; as obras de Polignoto (c. -475/-450), Micon (sæc. -V), Zêuxis (c. -430/-390), Parrásio (c. -430/-390) e outros pintores do Período Clássico; e, finalmente, as diversas obras do Período Helenístico.

A julgar pelo pouco que sabemos, antes do Período Helenístico a variedade de cores era pequena, limitando-se ao branco, preto, vermelho e amarelo, e as figuras eram bidimensionais e estáticas. No final do século -IV aperfeiçoou-se o uso da luz, do claro-escuro e da perspectiva, e posteriormente as figuras pintadas se tornaram tridimensionais e mais naturais.

De tudo que restou, há exemplos isolados de todos os períodos históricos, além das cópias romanas de pinturas gregas encontradas em Pompeia e Herculanum, datadas do século I d.C. Dos pintores clássicos, infelizmente, não temos nem mesmo um pequeno fragmento.

A perda, além de considerável, é irritante, principalmente se levarmos em consideração a famosa anedota de que os pássaros vinham bicar as uvas pintadas por Zêuxis...