Os trágicos menores até 400 aC

Além de Ésquilo, Sófocles e Eurípides, muitos outros poetas participaram dos concursos dramáticos de Atenas com suas tragédias e dramas satíricos.

Se levarmos em conta os dois festivais mais importantes, Dionísias Urbanas e Leneias, os atenienses viram cerca de 2.500 tragédias entre as últimas décadas do século -VI e as últimas décadas do século -IV. Desse total, apenas seis tragédias de Ésquilo, sete tragédias de Sófocles, 17 tragédias de Eurípides e duas tragédias de autoria desconhecida, Prometeu Acorrentado e Reso, chegaram aos nossos dias: pouco mais de 1% do total.

Dioniso com máscara teatral

Há, naturalmente, testemunhos e fragmentos de muitas tragédias e dramas satíricos, mas não foi possível reconstruir completamente enredo, personagens e estrutura dramática de nenhuma delas. Embora muitas vezes mais bem colocados nos concursos do que os três poetas canônicos e muito populares em sua época, a história realmente não foi favorável aos autores dos dramas fragmentários, chamados injustamente de tragici minores, ‘trágicos menores’, pela tradição.

Persas, o mais antigo drama grego que chegou integralmente até nós, data de -472. Seu autor, Ésquilo, é uma espécie de divisor de águas entre os primórdios da tragédia grega e a forma que ela adquiriu em meados do século -V.

Eis uma pequena seleção dos poetas que conhecemos um pouco melhor do que os outros. Poetas anteriores ou contemporâneoas de Ésquilo:

1. Téspis
2. Quérilo
3. Pratinas (DS)
4. Frínico

Poetas posteriores a Ésquilo:

1. Neofron
2. Íon de Quios (DS)
3. Aqueu de Erétria (DS)
4. Agaton
5. Crítias (DS)

Nossas fontes principais de informação

As sinopses contêm alguns dados biográficos e listas de suas principais tragédias; nos poetas assinalados com “DS” há também títulos de dramas satíricos.

De outros poetas trágicos do século -V, e.g. Aristias, Carcino I, Gnesipo, Polifrasmon e Xênocles I, sabemos pouco mais do que o nome e o título de alguns de seus dramas.