Os sofistas

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Originariamente, sofista (gr. σοφιστής) era um homem sábio (do gr. σοφία, ‘sabedoria’) ou conhecedor de determinada arte ou ciência. No século -V, a palavra designava respeitados intelectuais que viajavam por toda a Grécia transmitindo seus conhecimentos mediante pagamento.

A partir de Sócrates (-469/-399) e de Platão (-428/-347), no entanto, sofista assumiu a conotação pejorativa que tem até hoje[1].

O sofista nada mais era, em essência, do que um professor, um educador profissional que se propunha a aprimorar os interessados, em geral jovens de famílias abastadas, ensinando-lhes filosofia, retórica e outros temas através de preleções pagas. Não havia, no entanto, um programa sistemático de aprendizado. Algumas preleções eram mais baratas e vistas por muita gente e outras, mais caras, eram apresentadas diante de plateias restritas.

Os sofistas mais importantes do século -V foram Protágoras (c. -490/-420), Górgias de Leontini (c. -485/-380), Pródico de Ceos (c. -465/-395), Hípias de Élis (fl. -430), Trasímaco (c. -459/-400) e Antífon, o Sofista (fl. -420/-400).

Somente algumas passagens dos escritos sofísticos chegaram até nós, e a maior parte do que sabemos depende do viés de Platão. Aristófanes ridicularizou-os na comédia As Nuvens, embora tenha associado incorretamente Sócrates a eles.