As ninfas

A intoxicação do vinhoA intoxicação do vinho

Divindades muito antigas e numerosas, seguramente pré-helênicas, as ninfas (gr. Νίμφαι) eram ligadas à natureza e à terra — eram portanto, uma extensão de Gaia.

Em épocas tardias, no entanto, eram consideradas filhas de Zeus.

Não formavam um grupo homogêneo e recebiam nomes especiais, conforme o lugar que habitavam: melíades (freixos, um tipo de arbusto), náiades (fontes e riachos), oréades (montanhas), alseides (bosques), hamadríades (árvores). As melíades eram filhas do titã Crono; Calipso era filha de Atlas (ou de Hélio); Toósa, de Fórcis[1]; mas Eco e quase todas as outras ninfas tinha ascendência indefinida.

As ninfas não eram imortais, e suas vidas duravam tanto quanto a árvore, o lago, o bosque a que estavam particularmente ligadas. Na lenda de Odisseu, porém, a ninfa Calipso é dada como imortal (Odisseia, 5.78-80).

Muitas ninfas amaram e foram amadas pelos deuses, pelos sátiros e até mesmo pelos mortais. Participavam do séquito de diversas divindades, como Afrodite, Ártemis e Dioniso; desempenhavam, nos mitos, papel geralmente secundário, e às vezes originavam, junto com heróis fundadores, povos e comunidades. Algumas ninfas como as Calisto, Eco e Aretusa, no entanto, tinham lenda própria.

Iconografia e culto

miniaturaO relevo das ninfas

As ninfas eram sempre representadas como moças jovens e bonitas e tinham altares em várias localidades, como por exemplo Oropo (Ática), Olímpia e Mégara. Muitas vezes os altares eram estruturas simples, próximas a grutas e fontes.

Às vezes elas eram cultuadas juntamente com outras divindades, como Hermes (e.g. Odisseia 13.350) e .