Ésquilo / Agamêmnon

Ἀγαμέμνων Agamemnon Aesch. Ag. -458
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ἐδιδάχθη τὸ δρᾶμα ἐπὶ ἄρχοντος Φιλοκλέους Ὀλυμπιάδι ὀγδοηκοστῆι ἔτει βʹ. πρῶτος Αἰσχύλος Ἀγαμέμνονι, Χοηφόροις, Εὐμενίσι, Πρωτεῖ σατυρικῶι.

O drama foi produzido no arcontado de Filocles (-459/-458), no segundo ano da 80ª Olimpíada. Em primeiro lugar Ésquilo, com Agamêmnon, Coéforas, Eumênides e o drama satírico Proteu.

Morte de AgamêmnonMorte de Agamêmnon

Tragédia de Ésquilo com 1673 versos, primeira parte da Oresteia, a célebre série trágica que recebeu o primeiro prêmio nas Dionísias Urbanas de -458.

Uma inscrição (IG II2 2318 col. II 149) também conservou o nome do corego: Xenocles de Afidna.

As tragédias da Oresteia formam uma trilogia trágica “interligada”, a única que chegou praticamente intacta aos nossos dias; do Proteu, drama satírico que completava a tetralogia, restam apenas fragmentos. As outras tragédias da trilogia são, pela ordem, Coéforas e Eumênides.

Hipótese

A lenda dos atridas é relatada ao longo das três tragédias, desde a morte de Agamêmnon até a absolvição de Orestes pela morte de Clitemnestra e Egisto, os assassinos do pai. Agamêmnon, a primeira peça, conta a morte do rei logo depois da queda de Troia.

Tendo retornado vitorioso a Argos (Micenas), Agamêmnon é recebido pela esposa, Clitemnestra, com falsas demonstrações de respeito e devoção; Cassandra, a princesa troiana cativa que o acompanhava, prevê a morte de ambos. Depois de entrar no palácio, com efeito, Cassandra é assassinada e Agamêmnon é morto à traição pela própria Clitemnestra, com a ajuda de Egisto.

Dramatis personae

Vigia um soldado de Argos / Micenas Coro velhos de Argos Clitemnestra filha de Tíndaro, esposa de Agamêmnon, amante de Egisto Agamêmnon filho de Atreu, marido de Clitemnestra, primo de Egisto, rei de Argos Cassandra filha de Príamo, ex-princesa de Troia, escrava de Agamêmnon Egisto filho de Tiestes, primo de Agamêmnon, amante de Clitemnestra Arauto de Agamêmnon

Mise en Scène

A cena se passa em Argos (Micenas), diante do palácio dos atridas.

O cenário era uma provavelmente uma simples pintura diante da cena, no fundo da orquestra, representando a entrada do palácio (frontão e duas colunas); a entrada, aberta, permitia a passagem dos atores que saíam do palácio e deixava entrever parte do seu interior. O vigia aparecia atrás do teto do "palácio", sobre uma plataforma escondida pela pintura; Agamêmnon e Cassandra entravam em cena trazidos por um carro.

O papel de Clitemnestra cabia ao protagonista, o de Cassandra ao deuteragonista e os de Agamêmnon e Egisto ao tritagonista; o arauto, sem dúvida, era representado pelo deuteragonista.

Resumo da tragédia

Prólogo (1-39), párodo (40-257), 1º episódio (258-354), 1º estásimo (355-487), 2º episódio (488-680), 2º estásimo (681-781), 3º episódio (782-974), 3º estásimo (975-1033), 4º episódio (1035-1330), 4º estásimo dialogado (1331-71), 5º episódio (1372-1673).

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Manuscritos, edições e traduções

Os principais manuscritos são o Laurentianus 31.8 (c. 1335-48), conservado na Biblioteca Laurenciana de Florença, e o Neapolitanus II F 31 (c. 1325), copiado por Demetrius Triclinius e conservado em Nápoles, na Bibliotheca Nazionale. Praticamente todos os outros, inclusive o Mediceus, têm apenas trechos da tragédia.

A edição princeps é a de Henri Estienne, publicada em Paris em 1557.

Edições isoladas da tragédia, modernas: Groeneboom (1944), Fraenkel (1950), Ammendola (1956), Denniston e Page (1957).

Traduções para o português: Pulquério (1985), Torrano (2004) e Vieira (2007).