αὐτὴν καὶ κούρην, περικαλλέα Περσεφόνειαν.
χαῖρε, θεά, καὶ τήνδε σάου πόλιν: ἄρχε δ' ἀοιδῆς.
Deméter de belos cabelos, augusta deusa, começo a cantar,
a ela e a filha, a muito bela Perséfone.
Salve, deusa! Conserva esta cidade, e dirige meu canto.
Ligada diretamente à fertilidade da terra cultivada, Deméter é uma antiquíssima
Para os gregos, ela era filha dos titãs Crono e Reia, nascida logo depois de Héstia, e portanto irmã de Zeus, Hera, Posídon e Hades.
Mitos
Deméter teve uma filha com Zeus, Perséfone (gr.
Deméter está associada principalmente à história do rapto de Perséfone. Ela era
uma bela e despreocupada jovem — os gregos também se referiam a ela como
Enfurecida, Deméter recusou-se a voltar ao Olimpo sem a filha querida e a exercer
suas funções divinas. Assumiu o aspecto de uma velha e se pôs a serviço
de Céleo, rei de Elêusis, que a encarregou de cuidar do jovem
Triptólemo, seu filho. Em meio à sua tristeza, quebrada momentaneamente pelas servas Baubó[1] e
Iambé[2], Deméter se afeiçoou ao menino e tentou
sessões de imortalização
pela assustada Metanira, mãe
do menino, a deusa não pôde completar o processo. Revelou-se então aos assustados reis e
confiou a Triptólemo a tarefa de espalhar pelo mundo a cultura do trigo.
Enquanto isso, a terra
Perséfone tornou-se esposa de Hades, e rainha dos mortos; Deméter reassumiu suas tarefas divinas; e, a cada primavera, Perséfone deixava o Hades e se reunia com a mãe, no Olimpo, para que nessa época a terra cultivada desse seus frutos.
Desde a Antiguidade esse mito era visto como uma alegoria: Perséfone era o grão semeado, colocado embaixo da terra para se desenvolver e despontar durante a primavera sob a forma de novos frutos...
Iconografia e culto
Deméter era representada geralmente com archotes ou uma espiga de trigo, às vezes acompanhada de uma serpente; seu mito se liga tão estreitamente ao de Perséfone que as duas são muitas vezes representadas juntas. Em muitos lugares mãe e filha eram chamadas simplesmente de “as duas deusas”.
A deusa era largamente cultuada, especialmente na Arcádia, na Sicília e em
Cnidos. Estava associada também aos Mistérios de Elêusis, célebre culto de
mistérios de origem
Iluminuras complementares
Notas
- O verbo grego
ἀνασύρω corresponde à expressão latina tunica sublata ostendit e significa ‘erguer a roupa para expor o que está abaixo’ (Plu. 248b), gesto considerado desavergonhado (Thphr. Char. 6.2). Tradição tardia (Clem. Al. Protr. 2.20.3) conta que uma serva idosa chamada Baubó (gr.Βαυβώ ) fez a deusa Deméter rir, em meio à tristeza pelo rapto de Perséfone, com esse gesto. Empédocles (F 153) talvez já conhecesse essa história, e o gesto era ritualmente repetido nos Mistérios de Elêusis.Imagem: exposição da genitália feminina espanta o demônio → Iluminura 1117a. - Iambé (gr.
Ἰάμβη ) é o nome de uma das servas que conseguiu fazer Deméter rir por meio de ditos espirituosos (h. Cer.202-4 , Apollod. 1.5.1), talvez o que atualmente chamamos de “piadas sujas”. É possível que esse mito tenha relação com a origem da denominação iambo para o tipo de verso utilizado com frequência por Arquíloco, Semônides de Amorgos e outros poetas líricos.
Créditos das ilustrações
Links externos
- Wikipedia: Demeter
- Theoi.Com: Demeter